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Feed Food: culinária e ambiente acolhedores

Na minha atual vida de freelancer, comer fora de casa durante a semana passou a ser um evento. Assim, tentarei visitar um restaurante diferente, novo ou não, que tenha ou um bom menu executivo ou preços atraentes, pelo menos uma vez na semana – para não falir, é claro. Na última semana, completei três anos de casada e fui comemorar no Feed Food, novidade em Pinheiros com pratos que não perdem a graça ao chegar a conta. A foto abaixo é do que eu achei mais incrível na casa, que fica nos fundos de uma loja de roupas que também abriga uma galeria e um salão de cabelereiro: rogel de doce de leite argentino (R$ 12), beeeem farto e coberto com merengue. Fantástico.

Assim que cheguei com o maridão, pedimos uma suculenta porção de bolinhos de arroz com carne seca recheado com requeijão do Norte (18), com cinco unidades, de recheio cremoso. Depois percebemos que nem era preciso ter pedido o petisco, já que o restaurante oferece focaccia de entrada, como cortesia. A do dia era uma saborosa, quentinha e macia versão com manjericão, que combinou perfeitamente com o azeite extravirgem que havia na mesa. Nota dez. Nota máxima também para o atendimento super atencioso e para a chef Adriana Cymes, que veio até a mesa nos cumprimentar de forma muito simpática. A casa é dela com o marido, o chef Victor Vasconcellos, responsável pela cozinha do bar Número. Por causa da fama das coxinhas de lá, quero voltar no Feed Food para experimentar a versão criada para o empreedimento: porção de coxinhas de frango com massa de mandioquinha com 6 unidades (R$ 19,50).

Como prato principal, recomendo fortemente o risoto de abóbora com queijo Serra da Canastra e generosa dose de farofa de amêndoas e avelãs ao perfume de sálvia (R$ 27). Uma mistura bem saborosa de ingredientes num prato que chegou à mesa no ponto perfeito de cozimento. Só colocaria mais farofinha em cima e talvez um queijo parmesão em lascas, mas é gosto pessoal. Para quem prefere carne, as opções do menu pareceram apetitosas e os pedidos das mesas ao lado mais ainda. O maridão também escolheu uma massa: o noodles crunch com frango ao curry (R$ 27). Bem executado, o prato tinha macarrão al dente e ingredientes bem dosados, mas em relação ao sabor eu preferi a minha escolha. Para quem, como eu, curte curry com parcimônia, é uma boa, pois o tempero é usado de forma suave.

Além da culinária “aconchegante”, com pratos criativos e ao mesmo tempo extremamente agradáveis ao paladar, o Feed Food tem um ambiente muito bonito e arborizado, com luz natural na hora do almoço e boa refrigeração. As árvores do terreno foram mantidos – uma tendência cada vez mais ecológica e encantadora. Ganhamos um merengue de cortesia pelo aniversário de casamento, uma delicadeza! Quero voltar o quanto antes para prover o fusilli com linguiça caseira e buquê de rúcula (R$ 25) e tentar ir à tarde para experimentar um dos sanduíches, como o prensadinho de mortadela com brie (R$ 16). Mais fotos do ambiente do Feed Food aqui.

Feed Food – Loja Cartel 011
Rua Arthur de Azevedo, 517 – Pinheiros – SP
De 12h às 22h – Telefone: (11) 3081-4171

Petiscos com a cara de São Paulo

Desde que mudei para Sampa, há quase três anos, descobri muitos prazeres gastronômicos da cidade, sempre tão festejada quando o assunto é comer bem. Apesar de ser do Rio de Janeiro, tão pertinho daqui, sinto que mudei muitos de meus hábitos alimentares nesse meio tempo. Como carioca, havia degustado pouquíssimos bolinhos de arroz em minha vida, por exemplo. Por lá somos mais chegados em bolinhos de bacalhau, tanto na praia quanto em bares e botecos. Para homenagear o 458º aniversário de São Paulo, comemorado ontem, fiz uma seleção do que encontrei de melhor por aqui:

Começo pelos bolinhos de arroz, petiscos que podem ser feitos até com aquele resto de arroz que ficaria dias na geladeira, arriscando até a azedar. Na foto acima, os bolinhos do Adelaide Bistrô, na Vila Madalena. Entre os melhores estão os do Ritz e do Consulado Mineiro. Mais indicações aqui.

Entre todos os sanduíches, o beirute e o bauru ganham como os mais famosos entre os paulistanos. Na rede Frevo (foto), bem tradicional na cidade, comi um dos melhores beirutes da vida. Menção honrosa também para o beirute do Almanara. Já quando o assunto é bauru, não tem pra ninguém: é Ponto Chic na cabeça.

Outra paixão paulistana é a coxinha. Tanto que tem pelo menos dois lugares que ficaram famosos justamente pelas porções de coxinhas perfeitas: Frangó e Veloso. Eu posso dizer que também aprendi a adorar o petisco e nunca me nego a degustar uma coxinha do Praça Cheese (foto) ou do Doce & Cia.

Quem nunca ouvi a expressão: “Um chopes e dois pastel“? No Rio, quando um carioca quer tirar uma onda de “paulista”, lembra logo de brincar com a paixão paulistana de comer pastéis. Já vi alguns amigos deixarem de almoçar para ir até uma feira para degustar um bom pastel. Entre os mais tradicionais estão o Pastel da Maria, bicampeão como melhor pastel de feira, e o do Mercadão. Mas o melhor para mim é o pastel de bacalhau do Yoka (foto).

Apesar de ser uma delícia bem mineira, o pão de queijo tem lugar de destaque no dia a dia de São Paulo. E tem cada um mais delicioso do que o outro! Recentemente conheci os petiscos do Pão de Queijo Haddock Lobo (foto) e do Las Chicas, ambos fantásticos. Também gostei muito do pão de queijo do Lá da Venda e da Villa Grano.

Entre as sobremesas, o pudim tem lugar cativo na maioria dos menus com as quais tive contato em São Paulo. Quem gosta do doce precisa experimentar o pudim do AK Vila (foto), que vem com flor de sal e doce de leite – dá água na boca só de lembrar!

Parabéns, São Paulo! Foi muito bom conhecê-la, mas ainda preciso experimentar a coxa creme e o sanduíche de pernil do Bar Estadão, o lanche de mortadela do Mercado Municipal… E tantas outras delícias gastronômicas que você pode me proporcionar. Obrigada (até agora)!

Dica: P.J. Clarke’s no SPRW

Para quem ainda não conhece o restaurante P. J. Clarke’s, o São Paulo Restaurant Week pode ser uma boa chance. Achei os cardápios bem bacanas, tanto de almoço quanto de jantar, e só o lanche Ford Ranchero (uma das opções do almoço) custava R$ 32,90 no início do ano. A casa brasileira foi a primeira unidade do restaurante original (que data de 1884) fora dos Estados Unidos e foi aberta em 2008. No site há um resumo da história, além do cardápio completo (sem preços) e galeria de fotos.

Acima, as porções de batatas fritas e de bolinho de arroz, ambas deliciosas e sequinhas. Para ficar melhor, os bolinhos podiam vir recheados com queijo ou empanados, o que daria um diferencial bem bacana. De qualquer forma, para quem curte o petisco, vale experimentar. Abaixo, o prato Mini Coopers, com três hamburguinhos com três queijos diferentes (emmenthal, mussarela e american cheese) e um acompanhamento (existem vários opções) e o lanche Ford Ranchero (hambúrguer de 200g, cheddar, chili beans, alface americana e cheddar sauce). Curti mais o hambúrguer na versão mini pois estava super suculento. Em ambos os pedidos, o acompanhamento foi a PJ’s Home Fries (batatas em cubos, chapeadas com manteiga e cebola). A maionese é leve e consistente (detesto aqueles tipo óleo), acompanha bem os lanches que já tem um sabor mais marcante. Por ser uma casa cara, vale aproveitar o menu promocional para conhecê-la. Fica a dica!

P.J. Clarke’s
Rua Dr. Mario Ferraz, 568 – Itaim Bibi – São Paulo
Telefone: (11) 3078-2965

Ministro 1153 [fechado]

Em uma noite dessas, Cláudia e eu saimos para um happy hour sem os respectivos – afinal, meninas também precisam de espaço para conversar. Fomos parar no Ministro 1153, restaurante/bar de Juscelino Pereira, proprietário também do Piselli e do Zena Caffè, inaugurado em maio de 2010. Se durante o dia há um menu executivo, além do cardápio diário, à noite o salão e a varanda reunem casais e grupos de amigos para jantar ou petiscar.

De entrada, pedimos o Arancini di gorgonzola con miele – R$ 17 – generosos bolinhos de arroz que vieram derretendo de tão macios e cremosos, em uma porção com oito (acima da média de casas semalhantes). Na sequência, fomos de Linguiça toscada grelhada com cebola e pãozinho – R$ 22 – que eu, claro, adorei. Amo embutidos e a porção estava no ponto. Acima, meu prato principal: um imenso, suculento e delicioso filé a parmegiana acompanhado de batatas rústicas (R$ 35). Comida do jeitinho que eu gosto: farta e saborosa.

A Cláudia escolheu o Risoto de linguiça toscana, manjericão e alho poró – R$ 36 – que eu provei e gostei bastante. Como não sobrou nada para contar história, e ela continuou de bom humor, imagino que também curtiu o prato :). Numa próxima vez, quero experimentar o Hambúrguer do Ministro, com 200 gramas de carne na grelha, queijo cheddar, cebola, tomate, alface e picles, servido com batata rústica. Tenho certeza que essa será a escolha do maridão quando eu for com ele lá.

Só para fechar a noite – ficamos lá por mais de três horas papeando e comendo – pedimos o Brigadeiro da casa por R$ 6. Nada sensacional, mas matou a vontade por um docinho. O atendimento foi correto e gostamos da atenção dada pelo maitre quando reclamamos sobre a porta do banheiro feminino, com um trinco difícil de abrir. A casa ganhará ainda mais pontos se encontrarmos uma porta nova no toilette nas próximas aventuras gastronômicas.

Ministro 1153
Alameda Ministro Rocha Azevedo, 1153 – Cerqueira César – SP
Tel: (11) 3064-1153

Top 3: Bolinho de arroz

No Rio, em toda a minha vida, provei somente um bolinho de arroz. E olha que vivi 28 anos por lá. Agora, morando em Sampa há quase dois anos, já provei alguns tipos e acabei ficando fã dessa iguaria que, creio eu, é tipicamente paulistana (consertem se eu estiver errada). Por isso, elaborei um ranking dos melhores, com direito a duas menções honrosas – nada de bolinhos horríveis por aqui hoje.

1º lugar: Ritz

O restaurante com cara de bistrô ganhou segundo lugar no Top Hamburguer e agora leva a melhor quando o assunto é bolinho de arroz. Temperadinho, bem frito, recheado… sem frescuras e muito bom!

2º lugar: Nou

Conheci o restaurante por conta do SPRW há quase um ano e adorei a comida e o ambiente. Dentro tudo que provei, o bolinho de arroz e o risoto destacam-se exatamente por serem simples e diretos ao ponto, muito bem-feitos.

3º lugar: Emprestado

Está longe de ser um dos meus restaurantes favoritos, mas desde que provei a porção de bolinho de arroz com esse molhinho de pimenta… e ainda vinham bolinhos de feijão também, algo que eu nunca tinha experimentado. Novamente, os bolinhos de arroz conquistaram uma posição no top 3 pela simplicidade: bem fritinhos e com sabor.

Menções honrosas

O Consulado Mineiro é uma das minhas paixões em SP e sempre levo os amigos lá. Mas, com tantas opções, acabei comendo os bolinhos de arroz apenas duas vezes – e adorei! Pena que não tenho fotos, pois nas duas oportunidades os bichinhos acabaram bem rápido. O diferencial para mim fica no fato de eles serem empanados, logo nem seria justo compará-los com o top 3 acima, pois é um bolinho bem diferente. Delícia!

Outra menção honrosa não é um bolinho bem de arroz, mas de risoto de açafrão com recheio de gorgonzola do Spadaccino – outra iguaria difícil de comparar com as demais, mas deveras deliciosa. Como comi os bolinhos durante o SPRW, não sei se eles estão no cardápio.

E para você, qual o melhor bolinho de arroz[bb]?